sexta-feira, 29 de abril de 2011

Restaurar Portugal I

RESTAURAR PORTUGAL - I
Caminhos para Sair da Crise
[Esboço para um Manifesto]
José JPeralta

O objetivo deste ensaio é apontar Caminhos para sair da crise que  assola o país, propondo a Restauração da identidade genuína de Portugal.

I
REFORÇAR A IDENTIDADE NACIONAL

1. A grave crise econômica e ética que abala Portugal, (e outros países, pelo mundo a fora), precisa ser considerado, com certo repúdio a governos perdulários e entreguistas, que vêm inviabilizando as finanças do país e inquietando a nação.
O país foi levado a uma  constrangedora condição política, econômica e social, por governos irresponsáveis e fracos, manchando a dignidade da Nação.
Temos de nos envergonhar de governos golpistas  e não do país, que deles é vítima.
Portugal é um país de muita grandeza, que muitas pessoas das novas gerações desconhecem. A história do país real foi-lhes sonegada. A pequenez é de alguns cidadãos fracos e não do povo, que sofre as consequências.

2. Durante mais de 35 anos, o país, com sua identidade épica, de quase 900 anos, vem sendo ocultado ao povo, na ânsia de descaracterizá-lo e transformá-lo numa nação amorfa, manipulável, humilhando seu orgulho natural de uma nação sempre vitoriosa, de dimensões planetárias.
A história do país, há 35 anos vem sendo escamoteada.
Os jovens perderam a visão conjuntural de seu país.
Dos muitos desafios com que o país se depara, referimos cinco que trazem outros: a baixa competitividade da produção econômica do país; a baixa taxa de natalidade; a educação de baixa produtividade e os desperdícios  de divisas; a perda de valores éticos e humanísticos. Estas são as armadilhas que precisamos superar.
Outros desafios decorrem da perda valores éticos e humanísticos:
A falta de alguns princípios que vão sendo esquecidos:
o primado da honra e da honestidade, da generosidade e da alteridade, do valor do trabalho e da responsabilidade, da busca da competência e de melhorias contínuas, da convivência e dos valores espirituais, da solidariedade e da sustentabilidade ambiental.


3. Em meio a essa situação, precisamos recuperar o orgulho nacional, e superar a desilusão e a desconfiança geral, em má hora forjada, nos gabinetes golpistas. Depressão não é solução.
Precisamos recuperar o orgulho nacional, com a altivez natural, como convém. Recuperando a autoconfiança, virá a solução, que não é teórica; é prática.
O país está em crise de identidade, capitaneado por mentes medíocres e “apátridas”.
Frente a frente, com a crise e suas artimanhas, ainda pensamos com Tagore: “Mais vale acender um fósforo do que maldizer a escuridão”.
Devemos nos revoltar e reagir com veemência ao menosprezo, com que vêm, sendo tratados e levados ao esquecimento os monumentais feitos heróicos da nação e seus heróis extraordinários, ao nível dos melhores que produziu a nossa humanidade. Mas, por outro lado, devemos compactuar alguns conceitos: reagir não é agredir, nem humilhar ninguém; devemos respeitar a dignidade de todos, como seres humanos, ainda que hajam com indignidade, em algumas circunstâncias. Só não podemos elogiar atos indignos, mas lastimá-los e até repeli-los, quando ofensivos e ajudar a saná-los.

II
TIRANDO A MORDAÇA E A VISEIRA

4. O maior jornal do Brasil, a “Folha de São Paulo”, publica, uma fotografia de um homem, no Porto, amordaçado, ao lado de uma lixeira,  e com uma placa que diz: “Tenho vergonha deste país”. Estão confundindo o Governo, com a Nação!
Cartazes como este, fazem o jogo do governo, que quer ver o povo de joelhos, para dominá-lo pelo medo. Mas esta pessoa não representa a Nação. Pensar isto seria uma generalização falsa e ofensiva. Um homem não é a Nação, embora possa ser um ato com que alguns possam concordar, sem pensar. É o processo de dominação das massas... Qual a intenção desse homem?!
Está com os homens do governo, ou com o povo?!
Essa pessoa escolheu o inimigo errado e em nada ajuda o seu país.
Onde estão os nossos sábios?!

5. Precisamos desenvolver no país uma campanha pelo desarmamento mental e moral, contra os valores matriciais de nossa Nação. Precisamos saber quem somos e disso nos orgulhar, cultivando o que é nosso, sem de ninguém depender. Sem a outros nos  atrelarmos, devendo favores.
Precisamos nos convencer de que só o trabalho honrado, persistente e competente, constrói, seja qual for o campo de atuação de cada um, na indústria, no comércio,  na agricultura, na pesca, na escola,  no magistério, no ministério, no setor de serviços ou  na vida intelectual.
O que importa é que vençamos os complexos que nos impuseram nos últimos 30 anos, e que tudo o que  fizermos façamos bem feito e com qualidade.
Precisamos arrancar a mordaça e a viseira que tentaram impor à Nação.

6. Portugal, por sua história e por seu povo, é um dos mais belos países da Europa sem contestações e sem  dúvidas. Assim é reconhecido.
Precisamos restaurar, no coração do povo, o “esplendor de Portugal”
Atitudes como a referida, são lastimáveis! Estão fazendo o jogo do inimigo! Isto parece jogada de um governo  astuto mas falido e golpista... Quer dividir o povo para a ele se impor.

Para desencadear um movimento de despertar, para a Restauração dos Valores genuinamente nacionais, proponho que se propague, por todos os meios, a mensagem, como um selo: VIVA PORTUGAL!
Que este selo seja o sinal de grande despertar nacional. A busca da felicidade é um direito de todos. Não tenha medo de ser feliz!
Esperamos que surja algo como uma Frente pela Restauração da Identidade Nacional – FRIN


III – MUDAR É A LEI DA VIDA

7. Nunca se envergonhe do seu País. Ele não merece essa desfeita. O governo é passageiro, mas o país é perene. O governo passa mas a Nação continua.
Os nossos 10% de entreguistas não merecem tanta consideração. Respeitemos os outros 90% que preservam a honra da nação. Damos maior destaque aos medíocres, que gritam, estabanados, desconhecendo o inimigo.
Apenas 1% dão as cartas e os slogans, 9% gritam para preservar suas benesses escandalosas e golpistas que o poder lhes garante. Aos 65% de cidadãos cordatos, responsáveis e conscientes, porque trabalham de sol a sol para manter suas obrigações sociais, esquecemos. Os outros 25% são massa de manobra inconsciente e alienada,  como em todos os povos.
A culpa é do governo que desgovernou e traiu a nação. O país pede respeito e nunca ódio dos seus.
Direito à opinião, sem ofensa e sem discriminação, numa democracia, a todos beneficia. Para observarmos com lucidez precisamos saber que parcela da comunidade tem ideias idênticas ou ideias contrárias.
Aqui não damos soluções, numa conjuntura tão complexa. Apenas apontamos possíveis opções e alguns princípios norteadores, para reflexão.
Alertamos, à partida, que  o pior inimigo de uma causa justa é um mau advogado.


8. Precisamos nos unir, nos conscientizar e nos informar para mudar. Para saber mudar. Mudar a lei da vida.
Precisamos recuperar a honra e o orgulho da nação. Escolher gente competente, com ética e larga visão, para governar o país. É próprio do sábio mudar para melhor. Mudar por mudar não vale nada.
Abaixo o pessimismo e o pânico que os meios de comunicação levam aos nossos lares! Abaixo os “avestruzes”, que enterram a cabeça na areia para não verem o que passa ao seu redor. 
Vamos pensar e fazer o que deve ser feito, democraticamente. Vamos escolher os melhores, superando engodos, sem temor.
Precisamos superar essa síndrome de pânico, que vem inundando o país, com a qual preparam outros golpes, na surdina, em lautos banquetes e sórdidos conchavos.
O pessimismo reinante e a descrença produzem o clima de imobilidade que o “diabo” quer, para prosseguir seus planos macabros.

9. O problema mais grave que humilha o país é a falta de grandes talentos, decorrência de uma educação sucateada e castradora. Muitos dos melhores não têm vez. Ficaram 35 anos esquecidos. Está na hora de despertá-los.
O país já dá sinais de um apagão de lideranças conscientes, competentes e honradas. Disto a nação precisa se acautelar. Precisamos dar ao povo educação séria, integral e da melhor qualidade.
A má escola é o espelho da Nação, denunciando sua fraqueza e anunciando o fracasso.
Nossos estudantes precisam estudar mais, estimulados por seus mestres. Os mestres não podem ser mercenários. O governo também não.

Os jovens precisam ser preparados para serem empreendedores, perspicazes, competentes e dedicados. Precisam ser capazes de sonhar, de ousar e de inovar; serem capazes de abrir novos caminhos para vida, para a nação e para a civilização. Os jovens precisam ser sentir como corresponsáveis e não como simples expectadores.
Esta foi a maior lição que Portugal deu ao mundo, em difíceis circunstâncias.

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